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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Pra onde vamos (...)

Quero mudança total
Uma idéia genial
A ciência e o amor a favor do futuro
Quero claro no escuro (...)
Pra onde seguem os barcos
Os homens suas trilhas
Seus filhos e filhas no pau da miséria
Um pico na artéria
As mulheres pedintes perdidas
Que já quase loucas
Dividem o frio das noites com as dregs
As mães descarregues
Meninas sangrando na boca
E no meio das pernas
No meio da noite tomando cacete
Sem dente e sem leite
Quero respeitos humanos
Direitos fazendo pensar
Os pilares de uma nova era
Que não seja quimera
_ Ana Carolina

ATOS E PENSAMENTOS: dai-me dissernimento, sabedoria e humanidade.

Resolvi mudar minha rotina de ser noturna para caminhar cedo da manhã, uma contribuição a sacrificante hum... batalha da balança. rs! 5h30 anunciava o despertador, lentamente a determinação me tirava da cama e do sono. Depois de alguns anos retornei a caminhar pelo calçadão do entorno da lagoa de Messejana. Como é bom respirar esse ar matutino, o sol a acariciar nossa pele, ouvir os passarinhos e poucas buzinas. Sentia-me feliz! A vida já despertara a horas e eu não estava sozinha, muitos já tomavam suas rotinas diárias. Após alguns minutos de caminhada, observava como se encontrava o lugar e me entristecia a cada passo; por toda a extensão do calçadão havia depredação e descaso de todos os gêneros! Diversos buracos tomam conta do calçadão, cartazes de comércio e serviços colados as estruturas que sustentam as placas que "divulgavam" as obras do escritor José de Alencar, onde densas pichações impedem ler as informações ali contidas. Uma destas placas nem mais existe, foi retirada! não ha sinalização indicativa de que ali é um passeio, um largo para pedestres e não uma ciclovia, onde bicicletas e cargueiras disputam o espaço com os usuários do lugar, os caminhantes, os desportistas.
Mas o que mais me chocou foram outros usuários do lugar, os moradores de rua. Diversos homens e mulheres estão vivendo sobre o calçadão e abaixo do mesmo. Gente, cacarecos, panelas, redes, sujeira... miséria. .
Ao ligar para o "Fala Fortaleza" e fazer a denúncia de tudo isso pensei como profissional do turismo, nas intervenções ambientais e de infra-estrutura, no belo dos lugares, mas também como cidadã que deseja o "melhor" para todos, solicitando intervenção social e de direitos humanos.
Reflito e vou além do belo e dos infelizes princípios maquiadores que formatam os cenários turísticos.
Quem seriam aquelas pessoas? Por que estavam morando nas ruas? Será que elas se acostumaram a uma forma "degradante" de viver? ou será que para elas não tenha nada de humilhação, o estar "livre" é o mais importante? Longe de convenções e padrões sociais, onde a subversão é o que dar sentido a suas vidas. O espaço também é deles! ainda sem habitação, sem teto, quem sabe sem RG. Excluídos de uma sociedade de aparências, sem oportunidades, descriminatórias e segregadas. Acho apenas que a miséria não deveria comungar com sujeita, fedor e lixo.
Meu pensamento ficou em conflito, senti medo, perplexidade, compreensão, solidariedade e tristeza.
Lembrei de dois documentários que vi nesses últimos meses; Estamira, uma mulher brilhante e “louca” que após uma desilusão amorosa resolveu morar nas ruas e ser catadora de lixo; e um documentário da Rercord sobre moradores de rua de São Paulo, pessoas que optaram por morar em espaços públicos e que jamais os deixarão por identificarem-se com eles, vivem de biscates e empregos informais e são felizes da forma como levam a vida; vi depoimentos inacreditáveis! onde desilusão amorosa, social e política os fizeram tomar as ruas como suas vidas e suas moradas. Como por exemplo, um ex-radialista que não tinha nada de sujo e maltrapilho, é educado, limpo e que optou por morar nas ruas, sem família e sem emprego formal, motivado por desilusão e por desejar mudanças sociais, do mundo. Loucura? o melhor seria perguntar primeiro o que é loucura para cada um. E por que não nos peguntar também o que provocam essas loucuras, o que torna o homem tão vunerável e passivo a sua "situação" ?
Os números são impressionantes, quase dois milhões de pessoas vivem nas ruas do Brasil.
Quem será o certo dessa história? Existe certo ou errado? Senso turístico ou humanitário? Tudo é conflito de interesses, sejam mercadológicos, politicos, sociais, ideológicos e até pessoais.
Seriam de políticos, de grandes grupos econômicos e corporativistas onde suas metas afunilam-se em acumulo de riquezas e promoção do consumo? pensando desenvolvimento sem desenvolvimento humano e social? Desenvovilmento que polui, que ameaça, que segrega, que exclui, que enfraquece, que mata.
... mata de raiva, de fome, de tristeza.
(suspiro)
Caminhar cedo tomou e toma outras proporções. Tocou meu eu... atos e pensamentos.... favoreceu a olhares reais .... experiências.
Dai-me a oportunidade de em meus caminhos, falas, posturas e atos agir e reagir com dissernimento e humanidade.

sábado, 20 de setembro de 2008

A "cegueira" humana

Ainda não vi o "Ensaio sobre a cegueira", filme de Fernando Meireles a partir do livro de José Saramago. Há alguns meses li um trecho do livro e uma crítica sobre o filme e fiquei ansiosa para ir ao cinema e ver o filme, assim tenha disponibilidade de tempo.
Ao ponto de ter emocionado o próprio autor da obra (Saramago) quando assistiu a estréia do filme, creio que se trata de um excelente e imperdível trabalho.
Nada mais oportuno para retratar a ausência de escrúpulos, os sentimentos de egoismo e de atitudes torpes, o massacre de uma sociedade empobrecida de humanidade e visão.
Então, este grande mestre português tem um blog, recentemente lançado.
O blog de José Saramago é maravilhoso, de uma sutiliza e delicadeza impar.
Visite: http://blog.josesaramago.org/

DIA MUNDIAL SEM CARRO

Tudo começou na França em 1997.
O movimento de incentivar pessoas a deixarem seus carros em casa e utilizarem bicicleta para locomoção se espalhou pelo mundo a fora, chegando ao Brasil.
O Dia Mundial Sem Carro é comemorado no dia 22 de setembro e tem por objetivo alertar cidadãos sobre os graves problemas ambientais causados pelo uso de automóveis nas vias das grandes metrópoles e da emissão de monóxido de carbono. Segundo o cyberboletim informativo da Tembiú circulam na cidade de Fortaleza 570 mil carros (será que o fusquinha entrou na contagem?).
Pensando nisso me veio a cabeça minha larga experiência como usuária de transporte coletivo, caso aderisse ao movimento de não utilizar o automóvel, o que seria impossível, pois meus percursos urbanos são bem distantes do local de minha residência, o que inviabilizaria neste momento a permuta pela bicicleta.
Creio que uma campanha por um dia é muita ideologia. Tomando como experiência um mês e que não seja por economia, duvido que quem tenha carro o deixe em casa e faça a opção por andar de ônibus, para todos os lugares.
Acredito que o melhor a fazer seja, uma política diferenciada para as cidades, a partir do voto, em vereadores e prefeitos que possam mudar o contexto dos transportes públicos, da urbanização e que apliquem em tecnologia de modo mais decisivo no controle e redução da emissão e queima de gases. Além de proporcionarem novas estruturas e facilidades urbanas como as ciclovias.
Assim guardar o automóvel e usufruir os serviços públicos de transporte, ou caminhar a pé ou utilizar a bicicleta terá 100% de adesão. E efetivamente poderemos confirmar “deixe seu sonho de consumo em casa para viver uma cidade de sonho”.

Sobre:
http://www.mountainbikebh.com.br/22setembro/
http://lerha.blogspot.com/
http://www.escoladebicicleta.com.br/ciclovia.html
http://www.ethos.org.br/

Curso Turismo - Gestão da Cadeia Produtiva

A Fundação Demócrito Rocha/ Universidade Aberta do Nordeste/TV O Povo realizam curso a distância: Turismo - Gestão da Cadeia Produtiva
Apresentação do curso:

“Em tese, o turismo é um serviço de fluxo de trabalho contínuo no tempo e no espaço, que agrega mais de 50 atividades distintas. É também caracterizado pela inestocabilidade, intangibilidade, simultaneidade, efemeridade, incomensurabilidade, variabilidade, uso intensivo de recursos humanos e de informações. Características que tornam qualquer tentativa de definir cadeia produtiva do turismo, um risco.
A rigor, quando se pensa em cadeia produtiva se entende um conglomerado de atividades econômicas que levam à produção de um bem material final. Para configurar a cadeia é necessário observar a interação consecutiva de articulações entre o mercado (o cliente), a tecnologia e o capital. A cadeia produtiva do turismo é feita pela sucessão de operações de diversas unidades interligadas.
Trata-se de uma corrente que engloba desde o plano de viagem até o local de recepção ou destino, incluindo o retorno para casa. Ou seja, a cadeia produtiva compreende o conjunto de agentes econômicos e as relações que se estabelecem entre eles para atender as necessidades dos turistas.”
Confiram no site: http://www.turismo.fdr.com.br/

Visita Técnica a ETA/ETE com estudantes do curso de Turismo das Faculdades Cearenses - FAC (dia 19 de setembro)
















Visita dos alunos do curso de Turismo as Estações de Tratamento da água e esgoto.
O estudante de turismo deverá conhecer princípios e conceitos de sanitarismo para elaborar projetos e planejamento turísticos.

PLANEJAMENTO TURÍSTICO

Pensar Turismo não é somente pensar na organização de viagens e na oferta de atrativos turísticos, lazer e serviços. Pensar turismo é também pensar em planejamento, principalmente para gestores e planejadores públicos e privados em diversas áreas e segmentos turísticos (a real atuação de quem faz um curso superior em Turismo).
Cidade sem saneamento básico, afligida por epidemia de doença viral como a dengue e vasta produção de lixo é cidade sem condições estruturais de desenvolver a atividade turística, afetando toda a cadeia produtiva do setor. Assim, contribuindo à formação de futuros turismólogos (bacharéis em Turismo) realizo a cada semestre, visitas técnicas, ora para o Aterro Sanitário/Usina de triagem de lixo ora a ETA e ETE (estações de tratamento da água e esgoto da CAGECE). Estas visitas têm por objetivo despertar a conscientização pessoal e profissional do estudante e o desenvolvimento da responsabilidade socioambiental logo na academia, proporcionando-lhes através dessas vivências locais, subsídios para elaboração e argumentação em projetos, planos e relatórios técnicos.
O grupo geralmente é formado por alunos de minhas disciplinas Iniciação ao Estudo do Turismo, Sistemas Turísticos e Planejamento e Organização do Turismo I e II.

sábado, 13 de setembro de 2008

NIVER DE MINHA MÃE

Minha mãe querida fez aniversário no último dia 8 de setembro. Minha mãe Maria Fernandes é linda em seus 86 anos. É lentidão física e dores - É rápida no pensar, lúcida e firme de opinião.
Minha mãe é guerreira, a vida sempre lhe testou, em todos os momentos, desde sua juventude até seus dias atuais.
Quantas histórias - quantos embates, vitórias, tristezas e alegrias.
Minha mãe tem sabedoria no que fala - às vezes não consigo entender como ela consegue saber das coisas," sem saber" de fato sobre elas rs! Falar ou aconselhar o “certo” (o que nem sempre é o que gostaríamos de ouvir), mas depois acabamos concordando, ela estava realmente certa.
Quando menina tinha "medo" de sua força, seu olhar e de sua mão. rs!
Aprendi a respeitá-la e admirá-la com o passar dos anos e com minha maturidade. A amá-la cada vez mais. Minha mãe é meu orgulho. Meu caminho e minha luz.


Mãe e Vanessa, minha sobrinha. Eu e mais sobrinhas, Priscilla (com sua filhinha Maria Olívia), Thaís e Tatiana. São as gerações se encontrando no aniverário da Vó Maria.





Mercearia do Café

Fortaleza ganha um novo espaço para saborear um bom café, drink, jantar, papear com os amigos ou namorar, é o Mercearia do Café. Um lugar lindo, charmoso e aconchegante! Ainda tem um "Sol" atendendo as mesas. rs! d+ . Da minha querida amiga Faustinha. O Espaço cultural e Café fica na estrada que leva ao Beach Park ou Lagoa Redonda, logo após a ponte que passa sobre a lagoa da Precabura. Av Manoel Mavignier, 4870. Dica: Vale a pena conferir em happy hour ou noite de lua.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Primavera. Se....

Nesses dias em que cai a nostalgia
o passado
passando batendo à porta
não sei..talvez seja apenas
a primavera chegando...
e os planos que de tão consistentes se foram
se foram como folhas, soltas ao vento.. no tempo
e os ventos anunciam.. é a primavera chegando
tudo o que queria deixei.....

sábado, 6 de setembro de 2008

Voz que toca a alma!

Ontem no Centro Cultural Dragão do Mar assisti a um show muito bom. O nome dela é Flávia Wenceslau, uma paraibana que mora em Salvador. Nunca tinha ouvido falar sobre ela.
Na quarta-feira ao chegar em casa após a aula, a vi pela primeira vez dando entrevista em um canal de TV local (ela tem fortes relações de amizade aqui no Ceará), onde cantou algumas de suas canções. Fascinada com sua voz, resolvi conferir ontem a noite pessoalmente seu show. Fiquei maravilhada!
Além de uma voz potente, diferente (ela alterna entre graves e agudos, tem uma linda voz nasalada!), toca violão (autodidata) e compõe músicas sensíveis, que fala de vida, de natureza, de amores.
Este show de ontem, embora com um público pequeno, será transformado em DVD; fiquei sabendo através de uma amiga que o mesmo teve forte contribuição na produção, organização e divulgação pelos que fazem parte da União do Vegetal daqui; parece também que a renda do show será revertida para tratamento de saúde de seu irmão, não sei bem sobre isso. Que seja! que ela faça muitos shows e alcance reconhecimento da mídia e sucesso nacional. Merece!
Bom, mas o show 'Quase primavera' tem um cenário lindo e poético, como uma brisa; trazendo paz e um cheiro bom de natureza!
O Brasil precisa conhecê-la.

algumas de suas músicas:


Correnteza mansa trouxe este momento
O rio sempre muda o movimento
Toda flor de agora ainda há pouco era terra e mão
Se um passarinho é livre e leve ao vento
O seu voar será meu pensamento
Pois tudo busca a infinita fonte de transformação
E a vida diz louvado seja
Toda porta bate toda noite vela
Lavou a chuva o sujo e já era
Vamos ouvir o que de bom avisa o nosso coração.. LOUVADO SEJA

A esperança tece a linha do horizonte
Traz tanta paz em reluzente e doce olhar
Que nos conforta quando o mar não é tão manso
Quando o que resta é só frio sem luar
E nasce leve devagar em uma canção de ninar
Que nos acolhe pra dizer o amor jamais deixou você
Oh esperança és para sempre, sempre viva
Te ofereço minha casa para morar nos meus sentidos
Quero ter os teus conselhos na minha voz
Eu quero sempre ir te encontrar
Se alguma coisa eu temer estou contando com você
Pra me dizer ao me acalmar que o amor jamais nos deixará
E nasce leve devagar em uma canção de ninar
Que nos acolhe pra dizer o amor jamais deixou você.
CANÇÃO DE ESPERANÇA * uma das mais bonitas pra mim